08/05/2015 14h35 – Atualizado em 08/05/2015 14h35
Por: Ruy Chaves¹
A Terra é a grande mãe e nutriz, a casa do homem, e todos os homens têm a sua terra, a sua pátria, o país em que se nasce, a terra dos pais, a sua terra natal ou adotiva, o espaço político, ético, cultural, espaço de amor e de convivência onde a natureza humana pode se realizar em sua plenitude. É também a terra em que consolidam a sua nação, os homens com sua língua comum, seus valores e costumes, sensibilidade e formas próximas de pensar e de agir que criam a sua identidade, fortalecem seus laços e consolidam o seu pertencimento.
A pátria é mãe e nutriz e tem responsabilidades absolutas com todos os seus filhos naturais ou adotivos. Ao se dizer educadora, a pátria assume, independentemente de sexo, cor, idade, situação financeira ou qualquer outro indicativo diferenciador, a garantia especialíssima da produção e troca de conhecimentos e do modelamento para a vida social e profissional.
A mãe é o ventre da pátria. De seu ventre nascem os homens e mulheres que fazem a pátria, senhores da vida e da esperança.
O privilégio que a natureza concedeu à mulher o de ser mãe impõe desafios extraordinários no século 21. A mulher estuda como o homem, ou mais, e trabalha como o homem, ou mais, além de sua condição de mãe e dos múltiplos papéis decorrentes, especialmente o de educar seus filhos para tempos sob velocidade de mudanças em que é preciso ser outro a cada dia. Panta rei.
A pátria educadora não pode ser apenas um discurso circunstancial. Temos que ser capazes de ser o que somos capazes de dizer. A pátria verdadeiramente educadora não é uma utopia, mas somente será possível a sua construção se a educação for obsessão nacional, obsessão das famílias, das políticas públicas, do mercado… A escola não é inclusiva nem educadora, tranca o século 21 do lado de fora. Salas de aulas não podem ter como limites paredes e tetos, afinal o conhecimento está em toda parte e sob diferentes tecnologias. Não há pátria educadora sem que a pátria permita condições às mães de exercerem papéis de educadoras. Hoje a pátria não é educadora.
O dia 10 de maio é dedicado às Mães. Então, também é o Dia da Terra, o Dia da Pátria, o Dia do Bem, o Dia do Amor, o Dia da Dignidade, o Dia dos Filhos, o Dia da Educação, o Dia da Natureza Humana… Então, é obrigação da pátria e de todos os seus filhos presentear as Mães com uma sociedade verdadeiramente humana, pacífica e com sólida fundamentação ética, uma sociedade em que homens e mulheres tenham sabedoria e justiça, uma sociedade que honre todas as mães e que permita que seus filhos muito amados sejam educados para a cidadania e para o trabalho produtivo. Feliz Dia das Mães.
1. Ruy Chaves é diretor da Estácio – Núcleo Campo Grande – MS