17/06/2015 16h23 – Atualizado em 17/06/2015 16h23
Conversa nada fiada
Por Odil Puques
Fratricida
Começou a fervura do caldeirão da política amambaiense. Ainda em fogo brando é verdade, mas com tendência a chamuscar alguns pretensos ocupantes da cadeira de Heron da Rosa Brum a começar pela luta, velada por ora, pelo comando do PSB municipal entre Ailton e Prego. Ambos garantem que a presidência estadual lhes dará o aval para ser presidente e consequentemente alçar voos mais altos. A dúvida: Quem perder que rumo tomará? Já que se saírem sem motivos correm o risco de perder o mandato por infidelidade partidária.
Visita I
Quem andou visitando o ex-governador André Puccinelli em seu escritório político foram os vereadores Luciney Bampi e Valter Brito. Antes desafetos do Italiano a ponto de serem xingados em palanque, ambos foram fumar o cachimbo da paz e aproveitaram para falar da política local. Segundo Valter o líder peemedebista vetou eventual aliança com o PSDB e teria inclusive oferecido alternativas para a formação de um novo grupo político envolvendo PSB, PMDB, PROS e PR. Faltou apenas combinar com a turma aqui de baixo.
Visita II
Dias depois foi a vez do vice prefeito Edinaldo Bandeira, acompanhado pelo Rodrigo Selhorst ir falar com o ex-governador. Na pauta a ida de Bandeira para o PSDB, a conversa com Brito e o futuro do PMDB local. André com a sinceridade que lhe é peculiar teria dito que pretende convencer o partido a ter candidatura própria – como aliás nos outros 78 municípios – que em se tratando do Bandeira candidato na cabeça da chapa poderia apoiar desde que o PMDB indicasse a vice e que a conversa com Brito se deu em outros termos que não aqueles alardeados por este e pelo Bampi.
PR
Quietos como sós estão os filiados do PR, talvez aguardando os desdobramentos para ver que rumo tomar nas próximas eleições. Com a quase certa ausência do líder maior Dirceu Lanzarini encabeçando o processo e a divisão ocorrida no grupo, que antes gravitava em torno do mesmo, com o Brito, Bampi e Aguiar tomando rumos diversos e o PSD do Protético na expectativa, resta saber se a turma ainda tem capacidade de se reagrupar, se se lançam sós ou se compõe com o Vicentin, afinal pelo menos uma chapa de vereadores competitiva para o Fischer tentar a reeleição tem que ter.
André X Trad’s
E estourou de vez a divergência da família Trad e a maior liderança do PMDB no estado André Puccinelli. Após dizer que Nelsinho perdeu as eleições porque não visitou os 79 municípios, o Italiano recebeu uma saraivada de críticas dos irmãos Nelson e Fábio o acusando de corpo mole na eleição para governador e receberam o troco na mesma moeda do presidente do partido Júnior Mochi e do deputado Marun, que alegaram ingratidão. Antes Marquinhos já havia dito que deixaria o partido para viabilizar sua candidatura a prefeito da capital. O fato é que os irmãos Trad e a turma do André sempre se suportaram no PMDB mas nunca foram da mesma panela. É aguardar para ver quem sai mais chamuscado.