A presidente Dilma Rousseff pretende acelerar a partir deste ano a construção de obras de infraestrutura em todo o país, a fim de garantir um crescimento anual de cerca de 5%, informaram nesta quinta-feira fontes oficiais.
Em entrevista coletiva, a ministra de Planejamento, Miriam Belchior, explicou que as obras que serão adiantadas inicialmente são as que estão incluídas na segunda etapa do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou em março do ano passado.
A segunda etapa do PAC prevê investimentos de US$ 880 bilhões até 2016, que serão dirigidos, principalmente, a aumentar a capacidade energética do país, à construção de casas e a melhorias necessárias para a realização na Copa do Mundo em 2014 e dos Jogos Olímpicos de 2016 no Rio de Janeiro.
Miriam, quem participou nesta quinta em reunião convocada pela chefe de Estado com ministros da área de infraestrutura, disse que, no caso do setor de habitação, foi decidido para dar prioridade para as áreas do país nas quais há uma alta incidência de pessoas que vivem nas chamadas “áreas de risco”.
A decisão aponta para impedir a repetição de tragédias como a da semana passada na Região Serrana do Rio de Janeiro, onde ao menos 744 pessoas morreram devido aos deslizamentos de terras e inundações provocadas por intensas chuvas.
Pelo relatório apresentado esta semana pelo Ministério do Planejamento, cerca de 5 milhões de brasileiros vivem nas “áreas de risco”, constituídas, sobretudo, por bairros erguidos em solos instáveis e em ladeiras de montanhas que podem sofrer deslizamentos em caso de temporais.
Por sua vez, Miriam ratificou que o governo estuda aplicar uma série de cortes no orçamento de 2011, que é de R$ 2 trilhões, e esclareceu que embora ainda não tenham definido os números, decidiu que as obras de infraestrutura não serão afetadas pelas restrições.
“O governo sabe da importância desses investimentos para garantir o crescimento entre 5% e 6% da economia nacional” que prevê como média para os próximos quatro anos, explicou.
Segundo Belchior, “governar é definir prioridades” e uma das que já foi claramente estabelecida é a necessidade de avançar na construção de infraestruturas necessárias para o desenvolvimento do país.
Fonte: Portal Copa 2014
