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domingo, 24 de novembro de 2024

Antes de criar ramos, criemos raiz!

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15/12/2015 10h07 – Atualizado em 15/12/2015 10h07

Por Rosildo Barcellos

O dedo no gatilho e a vida na corda bamba. O quinto mandamento esquecido e jogado ao léu. Para justificar a criminalidade, alguns culpam a situação econômica do Brasil, referem-se de repente às poucas chances que os agressores sociais tiveram quando crianças para escapar da sina de se tornarem o que são. Enquanto a polícia e a justiça vão juntando provas contra os acusados, fica a pergunta: será mesmo que a criminalidade é consequência do ambiente social em que as pessoas vivem?

Cada pessoa realmente se consubstancia em um mundo particularizado. Mesmo assim, quando um jovem subverte esta lógica, quero crer ser possível e evidente, a ideia de não se descartar este fator social, e nem tampouco usá-lo como desculpa para ser condescendente com o praticante de um crime como o sequestro é uma maneira bastante canhestra de encobrir a realidade, ou seja, há pessoas que sabem comportar-se em uma sociedade e outras não. No último caso, só a segregação pode resolver o problema, tanto para elas como para os demais e com trabalho diário, não simplesmente ficarem guardados em uma casa penitenciária. Diante de certos crimes, você se pergunta: o agressor social não tem consciência do que fez? Na minha experiência de atuação direta com pessoas em todas as suas formas, lhes asseguro que tem, mas é difícil compreender. Pelo menos da forma que queremos entender.

Mas comungo a ideia de que a sensação de segurança ante a criminalidade, aumenta quando o Estado incide inclusive nas contravenções penais, ou em atos que as pessoas acham “aparentemente” normais. Necessária e interessante a ação da Polícia Civil, com apoio da Secretaria de Assistência Social e Conselheiros tutelares, neste domingo principalmente no entorno do shopping e na Avenida Afonso Pena, na capital do Estado, para coibir atos infracionais. Foram dezenas de menores sem documentos, consumindo bebidas alcoólicas e narguille. Precisamos diferenciar, por exemplo, o furto famélico: Ato do indivíduo que impelido pela fome ou pelo frio, subtrai alimentos ou roupas para poder subsistir, de um sequestro, latrocínio e cárcere privado por motivo fútil e torpe; entretanto nunca poderemos compreender o que leva estes jovens a aterrorizar os demais seres humanos, como estampam reiteradamente as manchetes de jornais.

Não obstante, uma discussão mais acalorada, um choque violento ou uma grande decepção, a genética, podem desencadear o desejo instantâneo de avançar na criminalidade. Não é difícil ceder aos desejos das “facilidades”. Todavia, devemos ter a percepção ativa de que os atos negativos de nossas vidas geram consequências a outrem e a nós mesmos. Mas, certamente que não somente o estado tem esta responsabilidade. A escola ajuda, entretanto, tudo começa na família, aprendendo os limites de seus direitos e abrangência de seus deveres: lá é que o mal tem de ser cortado e … pela raiz ! A família é a raiz da nossa vida. Fincada em chão firme. Sem ela ventos e tempestades impelem-nos ao chão.

Antes de criar ramos, criemos raiz!

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